Significado de Iluminismo

O que é Iluminismo

Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu no século XVIII na Europa, em especial na França.

O momento histórico do Iluminismo também é chamado de Época das Luzes e isso porque, com esse movimento, houve muitas transformações na cultura europeia. O teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo e as monarquias foram ameaçadas. O movimento influenciou os Pactos Coloniais e o fim do Antigo Regime em diferentes países, além de ter exercido papel primordial na Revolução Francesa.

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Dizer que o movimento Iluminista foi antropocentrista é dizer que foi focado no Homem.

No Brasil, os ideais Iluministas exerceram influência direta na Inconfidência Mineira, em 1789 (influência que PE facilmente percebida no lema Libertas quae sera tamen que, em Português, significa: “Liberdade, ainda que tardia”). Na mesma ideologia, aconteceram, também no Brasil, a Conjuração Fluminense (1794), a Revolta dos Alfaiates na Bahia (1798) e a Revolução Pernambucana (1817).

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Origem do Iluminismo

O Iluminismo surge na Europa, com os pensadores que almejavam contribuir para o progresso da humanidade. Estes buscavam desacreditar as supertições e mitos que se formaram durante a Idade Média e ainda estavam presentes na sociedade. Além disso, o movimento lutava contra o sistema feudal, que garantia privilégios ao clero e à nobreza. Em oposição à idade das trevas, o Iluminismo iniciaria o Século das Luzes.

A primeira fase do Iluminismo começa na primeira metade do XVIII, influenciada pelas concepções mecanicistas da natureza que vieram à tona a partir da Revolução Científica do século XVII. Esta primeira fase foi marcada por diversas tentativas de aplicar o modelo de estudo dos fenômenos físicos no estudo dos fenômenos humanos e culturais.

A partir da segunda metade do século XVIII, o Iluminismo se afasta do mecanicismo e se aproxima das teorias vitalistas, de cunho naturalista.


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Iluminismo na França

A França foi uma espécie de berço do Iluminismo, uma vez que muitos dos principais pensadores do movimento eram franceses. Havia um conflito de interesses no país, o desenvolvimento da burguesia ameaçava a nobreza e, aliado a isso, surgiram lutas sociais nas classes mais baixas, contra a miséria.

Esses dois fatores iam de encontro aos interesses do rei e da nobreza, culminando na Revolução Francesa, que tinha como lema: Liberté, Égalité, Fraternité, que, em português, significa: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

Essa revolução causou o colapso da Monarquia Absolutista que, até então, governava a França. A transformação sofrida pela sociedade francesa foi de grandes proporções, pois privilégios feudais, aristocráticos e mesmo os religiosos foram extintos sob os ataques da esquerda.

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Pensadores Iluministas

Por se tratar de um movimento fortemente intelectual, o Iluminismo contou com contribuições ideológicas advindas de diversos filósofos, a maioria deles de origem francesa.

Um dos principais nomes dentre os filósofos Iluministas foi o barão de Montesquieu que publicou, em 1721, uma obra intitulada “Cartas Persas”. Nesta obra, Montesquieu critica o autoritarismo desordenado exercido pelas monarquias que governavam a Europa. Também criticou os costumes de diversas instituições europeias. Na obra “O Espírito das Leis”, publicada vinte e sete anos depois, o filósofo discute as formas de governo e realiza uma análise da monarquia da Inglaterra. É nesta obra que propõe a famosa – e utilizada hoje no Brasil – tripartição dos poderes: poder Executivo, poder Legislativo e poder Judiciário. Montesquieu defendia que o rei deveria ser apenas o executor das ações propostas. Defendia também a existência de uma constituição soberana, que regulasse os três poderes e toda a vida na sociedade.

Jean-Jacques Rousseau foi outro nome expoente dentre os filósofos iluministas. Este era dono de ideias mais extremistas: além de falar fortemente contra a vida luxuosa, também acreditava que a desigualdade social originava-se da propriedade privada. Rousseau tem uma máxima famosa: o homem nasce puro, a sociedade o corrompe. Essa máxima está expressa em sua obra “Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens”.

Talvez o mais famoso dentre os pensadores Iluministas tenha sido François Marie Aroue, conhecido até hoje como Voltaire. O filósofo atacava a Igreja, o clero e os seus dogmas religiosos. Em sua obra “Cartas Inglesas”, o Voltair criticou de maneira veemente as instituições religiosas e a sobrevivência dos hábitos feudais, dentre eles, o privilégio clerical e o privilégio, poderes e ócio permitidos aos nobres. Embora radical em suas críticas, Voltaire não defendia a revolução. O filósofo acreditava que a monarquia poderia se manter no poder, se esta adotasse princípios racionalistas.

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Dois nomes, Diderot e D’Alembert, foram os principais responsáveis por auxiliar na difusão do Iluminismo pela Europa. Eles criaram uma obra chamada “Enciclopédia”. A obra pretendia ter trinta e cinco volumes, escritos com a colaboração de mais de cento e trinta autores.

A Enciclopédia reuniria os ensinamentos da filosofia e os saberes iluministas a respeito de diversos assuntos, aumentando o raio de alcance das ideias iluministas e facilitando sua difusão pelo continente. Diderot e D’Alembert iniciaram o movimento conhecido como Enciclopedismo, que buscava catalogar todo o conhecimento humano nesta Enciclopédia. Dentro os autores participantes, destacam-se nomes como Voltaire, Montesquieu e Rousseau, supracitados, além de Buffon e do barão de d’Holbach.

Em 1752, um decreto proibiu a circulação dos dois primeiros volumes da Enciclopédia e, no ano 1759, a obra entrou para o Index Librorum Prohibitorum, a lista dos livros que eram proibidos, de acordo com a Igreja Católica. Mais tarde, durante o período da Inquisição, muitos dos livros que estavam no Index foram queimados por membros da Igreja.

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