Mobilidade urbana se refere a um atributo relacionado às cidades que designa as facilidades no deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano.
Em outras palavras, se há mobilidade urbana, as pessoas estão aptas a locomoverem-se entre as diversas zonas de um município ou cidade.
Os deslocamentos ocorrem por meio de veículos, vias e toda a infraestrutura existente, como as calçadas, por exemplo, que irão possibilitar a movimentação do dia a dia.
Nesse caso, é errado dizer que a mobilidade urbana é apenas o transporte urbano, mas sim o conjunto de serviços e de meios de deslocamento de pessoas e de bens. É entendido que uma área que se desenvolve necessitará de meios e infraestrutura adequados para que ocorra um adequado deslocado naquele local.
Mobilidade urbana é, portanto, organizar os usos e ocupar a cidade da melhor forma a fim de garantir o acesso das pessoas e dos bens ao que a cidade, como escolas, hospitais, praças, etc.
No entanto, a capacidade de ir e vir da população nos últimos anos se tornou um problema, principalmente com a quantidade de carros existentes em grandes centros urbanos e metrópoles, o que prejudica a qualidade de vida de todos.
Congestionamentos problemáticos e a superpopulação de automóveis – que causam o “inchaço nas estradas” – impedem o deslocamento fluido nas cidades.
Pessoas com deficiência física, de um modo geral, são as que mais sofrem e perdem mais tempo em seus deslocamentos nas cidades.
Nesse caso, a mobilidade urbana de uma cidade precisa estar de acordo com políticas de acessibilidade, que possam repensar sobre a construção de uma infraestrutura que dê fluidez ao deslocamento dessa categoria de indivíduos.
Uma solução necessária e que vem sendo adotada é a construção de calçadas confortáveis, niveladas e que não tragam obstáculos ou buracos, além de marcações nas ruas para os deficientes visuais.
Corrimões e outras alternativas são bem-vindas para permitir que o deslocamento de pessoas com deficiência seja seguro.
Mobilidade urbana no Brasil
A urbanização no Brasil se deu início no final do século XIX com a chegada da industrialização.
Sua consolidação ocorreu na década de 1930, mas, apenas na metade do século XX é que a urbanização realmente se fortaleceu por conta da automatização mecânica das atividades de produção no ambiente rural que fez que a migração urbana acontecesse.
Com inúmeros problemas de mobilidade urbana, o Brasil é um dos países que mais necessita passar por mudanças, muito embora seja difícil fazer um novo planejamento, já que ele é baseado no modelo rodoviarista, isto é, no investimento cujo objetivo é expandir e melhorar as rodovias.
Infelizmente, a mobilidade urbana na maioria das cidades brasileira está em crise, com transportes públicos de péssima qualidade e que afeta de modo direto a qualidade de vida da população.
Vale lembrar que uma concentração elevada de veículos aumenta de maneira preocupante a poluição ambiental.
Mobilidade urbana sustentável
O conceito de mobilidade urbana sustentável aparece como uma opção que visa diminuir os impactos causados pela péssima gestão das cidades em fornecer um deslocamento seguro e confortável aos cidadãos.
O fato de ser sustentável está associado com ações que possam facilitar os trajetos, amenizar impactos ambientais (causados pelos combustíveis fósseis) e otimizar a vida das pessoas.
Uma das propostas que surgem quando se fala sobre mobilidade urbana sustentável é o sistema de transporte sobre trilhos, ou seja, com a implantação ou o reforço de metrôs, trens, teleféricos, bondes elétricos etc.
Outro incentivo importante é a utilização de transportes alternativos e que não poluem o meio-ambiente, como o caso das bicicletas. A partir daí, o governo precisa investir na construção de ciclofaixas e ciclovias para isso acontecer.
E, sem esquecer, é fundamental apostar na melhoria na locomoção dos pedestres, planejando calçadas seguras, niveladas, sem buracos e que não tragam obstáculos perigosos.
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