Migração é um substantivo feminino. O termo tem origem no Latim migrare, que significa “mover-se de um lugar para outro”.
Migração é o deslocamento de indivíduos dentro de um espaço geográfico específico, de forma temporária ou permanente.
O significado de Migração, portanto, corresponde a toda movimentação – deslocamento – da população a partir de um lugar (de origem) para outro (de destino), implicando em uma mudança da residência habitual em situações de pessoas, ou de habitats, em casos de animais.
A migração e seus fluxos podem ser causados por inúmeros fatores, como, por exemplo, econômicos, religiosos, naturais, políticos e culturais.
A migração econômica, como exemplo, é uma das que mais influenciam a população, afinal a tendência é que ocorra um deslocamento de pessoas para áreas onde há melhores ou maiores oportunidades de trabalho, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida.
A migração dos animais geralmente acontece com aves, mamíferos e peixes. Por obrigação, estes animais se deslocam durante longos dias – são as chamadas migrações sazonais – cujos motivos podem estar associados desde às altas temperaturas, como também a necessidade de arranjar alimentos ou mesmo por procurar locais mais adequados para sua reprodução.
Além disso, migração é um termo existente também na área da informática, estando relacionado com o processo onde os dados e aplicações de um sistema são transferidos para outro destino (plataforma ou destino novo, por exemplo).
Tipos de migrações
Existem alguns tipos de migração que se baseiam em contextos:
- Migrações internacionais: quando há o deslocamento de um país para outro.
Essas migrações podem ser classificadas em:
– Imigração: é o processo de entrada de indivíduos ou grupos em outro país, sendo assim chamado de imigrante por parte da população do país que o está recebendo.
O termo imigração apenas se encaixa em situações onde ocorrerá residência permanente no país adotivo.
– Emigração: é a saída de indivíduos ou grupos de seu país de origem para se estabelecer em outra nação.
Emigrante é o nome dado ao indivíduo que mudou de país para outro, a partir do ponto de vista do seu país de origem.
- Migrações internas: quando as migrações ocorrem dentro do próprio país.
Podemos encontrar 5 tipos de migrações internas:
– Êxodo rural: quando há o deslocamento de quem vive na área rural para a área urbana;
– Migração urbano-rural: é o deslocamento de pessoas que antes viviam na cidade para o campo;
– Migração urbano-urbana: é o processo de mudança de indivíduos de uma cidade para outra;
– Migração pendular: ação cotidiana e típica de grandes cidades quando as pessoas partem de suas cidades para trabalhar em outras, mas retornam ao final do dia para a cidade de origem;
– Migração sazonal: está associada com as estações do ano, quando o migrante sai de sua cidade de origem durante um período determinado do ano e retorna posteriormente.
Um dos exemplos encontrados no Brasil é em relação aos trabalhadores que optam por sair das regiões secas do Nordeste para procurar trabalho em outros estados.
Migrações internas no Brasil
No Brasil, a questão da migração interna teve seu ápice durante os anos de 1960 e 1980, quando ocorreram imensos deslocamentos do campo para as cidades, principalmente com o movimento dos nordestinos para a região Sudeste.
Por outro lado, nas últimas décadas, ocorreu uma diminuição na migração interna, muito embora ainda ocorra uma perda de habitantes da região Nordeste para outras.
A região Sudeste é a que continua recebendo mais migrantes nos dias atuais.
Para explicar melhor, percebe-se que existem fatores que influenciam as mudanças nos fluxos migratórios brasileiros – um dos principais é o próprio desenvolvimento econômico de outras regiões e a desconcentração industrial (atração de empresas para diferentes regiões por conta de políticas de isenção de impostos e doação de terrenos por parte do governo).
Como consequência, houve o avanço da urbanização, que favoreceu uma melhoria na infraestrutura ao ponto de favorecer a geração de empregos em locais que até então eram considerados menos desenvolvidos.
A migração intrarregional (entre municípios de um mesmo estado ou entre estados de uma mesma região) substituiu e muito a migração em si.
Em uma nova dinâmica demográfica do Brasil, percebe-se a importância das regiões Norte e Centro-Oeste nas migrações internas brasileiras.
Isso acontece graças às ofertas de trabalho e da qualidade de vida destas regiões, o que gerou uma maior concentração de habitantes.
Atualmente, também se destaca a migração do Sudeste para a região Nordeste por conta do campo produtivo e dos setores secundários que necessitam de mais mão de obra.
