Crescimento vegetativo é o valor alcançado por meio da subtração entre o índice de natalidade e o de mortalidade de determinado espaço geográfico. Assim sendo, para que se defina crescimento vegetativo de uma maneira mais clara, é bom abordar os conceitos de taxa de natalidade e taxa de mortalidade.
Taxa de natalidade e Taxa de mortalidade
Taxa de natalidade se refere à relação entre o número de nascimentos e de habitantes de determinada região em um ano. Geralmente, é calculada por mil habitantes (por exemplo, 5 nascimentos por mil habitantes em 2000).
Taxa de mortalidade se refere à relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes de um local. Geralmente é calculado por mil habitantes (por exemplo, 2 óbitos por mil habitantes).
Explicado o que é crescimento vegetativo, pode-se acrescentar que ele, também chamado de crescimento natural, pode ser dividido em negativo, nulo e positivo.
Crescimento vegetativo: negativo, nulo e positivo
O crescimento vegetativo negativo ocorre onde e quando o número de mortes é superior ao número de nascimentos. O crescimento vegetativo nulo é o crescimento vegetativo caracterizado por um número de nascimentos que equivale ao número de mortes. O crescimento vegetativo positivo caracteriza-se por um número de nascimentos que excede o número de mortes.
Para que se entenda bem o significado de crescimento vegetativo, deve-se ressaltar que o seu conceito não considera o saldo migratório (diferença entre o número de pessoas que imigram para um local e o número de pessoas que emigram dele), mas apenas as pessoas que nasceram na região em questão.
Diferente do conceito de crescimento vegetativo, o conceito de crescimento absoluto leva em conta tanto o número de nascimentos e mortes em uma região como o saldo migratório. Em conjunto com o saldo migratório, o crescimento vegetativo de uma região ajuda a definir o crescimento de sua população.
Como foi deixado claro na explicação sobre o que é crescimento vegetativo, este é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
De acordo com a Teoria da Transição Demográfica, o crescimento vegetativo de uma região pode ser influenciado por fatores ligados ao seu nível de desenvolvimento, causando diferenças, nesse aspecto, entre países subdesenvolvidos e países desenvolvidos.
Os países subdesenvolvidos, por exemplo, tendem a apresentar elevado crescimento vegetativo, pois as famílias tendem a ter muitos filhos, o que faz com que o número de nascimentos exceda em número de falecimentos, especialmente depois da introdução de medidas de saúde pública que reduzam a taxa de mortalidade.
Os países desenvolvidos, onde as famílias tendem a ter menos filhos do que nos países subdesenvolvidos, apresentam crescimento vegetativo menor, o que pode causar escassez de mão de obra, impactando a economia, e sobrecarregando o sistema previdenciário.
Além do desenvolvimento econômico, fatores como filosofia de vida (por exemplo, religião) da população e organização social podem influenciar o crescimento vegetativo de uma sociedade.
Crescimento vegetativo, como globalização e outros conceitos, costuma ser abordado em provas de geografia em vestibulares e outros processos seletivos.
Crescimento vegetativo no Brasil
O Brasil é um dos países mais populosos do mundo. O crescimento vegetativo da população do país potencializou-se a partir da década de 1950, quando havia aproximadamente 50 milhões de brasileiros. Em 1970, já eram aproximadamente os “noventa milhões em ação” do célebre hino futebolístico. Em 1990, já havia quase 150 milhões de brasileiros.
Contudo, segundo dados do IBGE, o crescimento vegetativo do Brasil está diminuindo. Há cerca de cinco décadas, a média de filhos por casal era superior a 6. A média atual é pouco superior a 2.
O quadro de redução do crescimento vegetativo da população do país apontado elas estatísticas do IBGE, conjugado ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros, deve levar a um baixo crescimento vegetativo da população e ao envelhecimento dela, o que pode ter efeitos importantes sobre o dinamismo da economia e o estado da previdência social.
