Anarquia

Anarquia é o nome dado a uma situação em que há ausência de governo. Trata-se, porém, de uma palavra com alguns significados diferentes. Popularmente, o termo anarquia também é usado para descrever uma situação de desordem, de ausência de princípios que guiem o comportamento dos indivíduos.

significado de anarquismo

Para entendermos o que é anarquia, o termo também é usado como sinônimo de anarquismo, doutrina política que defende a abolição do Estado, das hierarquias e das distinções entre governantes e governados. Uma distinção possível entre o significado da palavra anarquia e o significado da palavra anarquista é que aquela se refere à ideia enquanto esta é a corrente política que tenta implementá-la na sociedade.

Ao respondermos à questão “anarquia o que é?”, podemos concluir que, no que se refere à filosofia política, podemos definir a anarquia como uma teoria política que rejeita a necessidade de existir governo e que se opõe à existência de hierarquias e/ou do domínio de alguns indivíduos ou grupos sobre outros indivíduos ou grupos.

Explicado o que é anarquia, podemos tratar da origem do termo. A palavra anarquia vem do grego anarkhia, que significa ausência de governante, ausência de governo.

Símbolos da Anarquia

Explicado o que significa anarquia, podemos mencionar alguns símbolos dessa corrente política. É um dos mais conhecidos símbolos anarquistas um “A” envolvido por um círculo, na verdade, a letra “O” (chama-se esse símbolo A no círculo). O A de anarquia, o O de ordem.

O símbolo faz referência à frase “a sociedade busca a ordem na anarquia”, um trecho da obra O que é a Propriedade? Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo, do filósofo político francês Pierre-Joseph Proudhon, que foi publicada no ano de 1840.

No final do século XIX, a bandeira vermelha era amplamente usada como símbolo pelos anarquistas, mas a sua associação com comunistas e social-democratas, depois da Revolução de Outubro de 1917 na Rússia, fez com que os anarquistas deixassem de usá-la.

A bandeira vermelha-e-negra é símbolo da anarquia, mais especificamente da vertente chamada anarcossindicalismo. Essa bandeira apresenta uma metade vermelha (tradicional cor do socialismo) e uma metade negra (tradicional cor do anarquismo) separadas por uma linha diagonal. Os anarcossindicalistas acreditam que o caminho para a emancipação dos trabalhadores é o da ação dos próprios trabalhadores em vez de passar pela eleição de representantes.


Defendem também os anarcossindicalistas que as organizações de trabalhadores podem servir para combater o Estado e o capitalismo e como base para uma nova sociedade baseada na autogestão feita pelos trabalhadores em vez de na submissão deles a patrões donos dos meios de produção.

Outro importante símbolo do anarquismo é a chamada bandeira da anarquia.

Bandeira da Anarquia

A bandeira da anarquia é uma bandeira uniformemente negra. A cor desse símbolo da anarquia, que faz um claro contraste com o colorido típico das bandeiras dos países, serve para simbolizar a oposição dos anarquistas aos estados-nacionais. Além disso, como bandeiras brancas são usadas para apresentar a intenção de rendição ou a busca de acordo, a bandeira negra pode também servir para simbolizar a combatividade dos anarquistas.

Anarquismo

A palavra anarquismo deriva da palavra anarquia. Já se viu acima o que é anarquia. Como visto anteriormente, a palavra anarquia tem significado de ausência de governo. Os anarquistas acreditam que, na ausência de governos e hierarquias e sistemas repressivos, seria possível conjugar os interesses dos indivíduos de modo a fazer emergir o bem comum da sociedade.

Os anarquistas defendem que a ordem social deve ser criada por um acordo entre os cidadãos em vez de ser imposta a eles pelas autoridades. Os anarquistas não só se opõem à existência do Estado e seus instrumentos de repressão, os anarquistas também defendem a abolição do capitalismo e das classes sociais e o estabelecimento da igualdade entre os indivíduos.

Embora alguns pensadores das Antiguidades Greco-Romana e Chinesa sejam vistos como precursores do conceito anarquismo, sua origem como corrente política e filosófica provavelmente pode ser encontrada no século XVIII. Entre seus pioneiros, pode ser mencionados o filósofo utilitarista britânico William Godwin.

O anarquismo conheceu, em meados do século XIX, um período de fortalecimento entre os trabalhadores que se levantavam contra o que viam como injustiça e opressão do sistema capitalista. Entre os principais teóricos anarquistas desse período, podem ser citados o já citado filósofo político francês Pierre-Joseph Proudhon, a primeira pessoa a chamar a si mesma de anarquista, e os russos Michael Bakunin e Peter Kropotkin.

Os anarquistas desejam a abolição do capitalismo, mas, diferentemente dos defensores do socialismo marxista, não pretendem substituir o Estado capitalista por um Estado controlado pelos proletários (ditadura do proletariado), que, no futuro, daria origem a uma sociedade sem classes e sem Estado, o comunismo. Os anarquistas acreditam que todo e qualquer Estado corresponde a um sistema de opressão de um grupo sobre outro e autoritarismo. Por isso, os anarquistas defendem a abolição total e imediata do Estado.

Embora o pensamento anarquista, por apresentar características como a defesa da abolição do capitalismo, costume ser considerado uma das ideologias de esquerda, há quem defenda que ele não se encaixa em nenhum ponto da oposição entre esquerda e direita que surgiu nos tempos da Revolução Francesa e que se caracteriza por como os diferentes grupos desejam usar o Estado. Em vez de desejar tomar o controle do Estado e colocá-lo a serviço de um grupo ou classe social, os anarquistas desejam sua abolição.

 


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