Abolutismo monárquico

Absolutismo monárquico é uma expressão. Absolutismo é um substantivo masculino, oriundo do latim absolutus, particípio passado de absolvere, cujo significado é “libertar, separar”.

Monárquico é um adjetivo e substantivo masculino, que se deriva de monarquia, de origem no Grego monarkhía, do Latim monarchìa, que quer dizer “soberania única”.

significado de absolutismo monárquico

O significado de Absolutismo monárquico descreve um tipo de organização política, doutrina ou tipo de governo que concede autoridade e poder ilimitado a uma só pessoa, chamada de monarca, que será responsável em exercer uma supremacia absoluta.

Ou seja, um monarca absoluto é aquele que utiliza poder político sem restrições sobre o Estado e sua população, negando qualquer espaço para instituições independentes ou pela clássica divisão de poderes existente na democracia.

O absolutismo monárquico assegura que a pessoa que está no poder é a única responsável pela tomada de decisões.

Nesse caso, o monarca não está sujeito a qualquer contestação ou regularizações feitas por outro órgão qualquer (seja um órgão judicial, religioso, legislativo, eleitoral ou econômico).

Os teóricos do período do absolutismo monárquico que mais se destacaram foram Thomas Hobbes – que tinha como base uma teoria radical e pessimista em relação à humanidade, dizendo que os homens já nascem egoístas e ruins – e Jacques Bossuet, que relacionou a política com a religião, afirmando que os monarcas governam o povo a mando de Deus.

As características do Absolutismo Monárquico

O absolutismo monárquico se caracteriza por alguns fatores básicos:


  • Uma única pessoa é quem dita as regras na gestão pública;
  • Regras e leis impostas pelo monarca absoluto não podem ser revogadas ou mesmo questionadas;
  • O monarca tem o controle absoluto sobre a região ou país;
  • O poder deste tipo de governo se baseava em tirar dos senhores feudais o poder que eles tinham sobre suas próprias terras, de forma que os reis pudessem criar burocracias e exércitos nacionais;
  • Poderio hereditário – os monarcas absolutistas reinavam em seu país de maneira vitalícia até o dia de sua morte, passando o trono de forma automática para o descendente.

Isso quer dizer que o absolutismo monárquico era transmitido de geração para geração, mantendo famílias e dinastias no poder por muitos anos.

A Igreja Católica apoiou a monarquia, afirmando que uma pessoa ou família foi elegida por Deus para liderar como agente do divino na Terra.

O monarca absoluto apenas respondia a Deus, isto é, ele não podia ser questionado ou removido por homens, estando acima de qualquer reprovação por parte destes.

Qualquer pessoa que se manifestasse contra o monarca ou que desobedecesse suas leis, dentro da ideia do absolutismo monárquico, estava também desobedecendo a Deus.

Além disso, o mercantilismo foi o principal sistema econômico utilizado no absolutismo monárquico.

Como surgiu o Absolutismo Monárquico?

O absolutismo monárquico teve origem na Europa moderna. Este tipo de governo se baseou nas lideranças individuais nos novos Estados-nação que foram criados por conta do encerramento da ordem medieval.

O poder de tais Estados estava relacionado com o poder de seus governantes.

Durante o século XVI, a monarquia absoluta teve forte presença em grande parte da Europa Ocidental, difundindo-se nos séculos XVII e XVIII.

O absolutismo monárquico teve um período de maior desenvolvimento na França, com Luís XIV e seus sucessores.

Para a permanência do absolutismo monárquico, era comum usar como defesa os dizeres de que os monarcas tinham o “direito divino dos reis” e, surpreendentemente, era uma visão que justificava o domínio de tirania – abordado como uma punição divinamente ordenada –, organizada por governantes para os pecados do ser humano.

Comuns em toda a história do Oriente e do Ocidente, as monarquias absolutas se destacaram desde o fim da Idade Média até fins do século XVIII, inclusive na Europa e em grande parte da América (a partir do momento em que foi conquistada pelos europeus).

A partir da Revolução Francesa, o Ocidente começou a deixar de lado a ideia do poder absoluto, porém certas regiões do Oriente ainda se organizam desta maneira.

O Iluminismo e o Absolutismo Monárquico

Os princípios de liberdade do Iluminismo impactaram de forma surpreendente a capacidade de os monarcas absolutos na continuidade de sua governança como tinham feito até então.

Os pensadores iluministas influenciaram as pessoas a ponto de questionarem a autoridade tradicional e o direito ao governo dos monarcas. Foi com isso que muitas mudanças começaram a acontecer em grande parte do lado ocidental, nascendo o capitalismo e a democracia.

Atualmente, poucas nações seguem com o absolutismo monárquico, como Arábia Saudita, Omã, Catar e Brunei.

A Grã-Bretanha é um exemplo de monarquia constitucional, ou seja, quem detém o poder político real é o primeiro-ministro, enquanto que a rainha Elizabeth II faz um papel mais cerimonial.

O Despotismo Esclarecido

Também conhecido como despotismo benevolente, o despotismo esclarecido foi um tipo de governo presente no século XVIII, onde os monarcas absolutos tentavam encontrar reformas legais, sociais e educacionais que tinham como base o Iluminismo.

Tais monarcas geralmente incluíam reformas de cunho administrativo, de tolerância religiosa e de desenvolvimento da economia, porém não sugeriam reformas que ameaçassem sua autoridade ou atrapalhassem a ordem social.

Qual a diferença entre a Monarquia Constitucional e a Monarquia Absoluta?

Distintas, a monarquia absolutista, como comentado, faz referência ao tipo de monarquia comum onde o rei tem o poder absoluto, sendo independente e superior ao Estado e ao povo em geral.

Ou seja, se o rei tiver interesse em dizimar uma população, ele poderá decretar a morte desta, sem contestações. Ele que irá elaborar leis, além de relacionar-se e tomar decisões com outros países.

Entretanto, a monarquia constitucional se classifica como um regime político onde há um monarca eleito ou hereditário como chefe do Estado, porém com uma constituição que limita o seu poder.

Nesta monarquia, há o direito ao voto por parte dos cidadãos.